Chapter 5 - part 1/2


Chapter 5 - part  1/2
Não quero falar sobre meu passado.


Quando cheguei à mesa em que sempre almoçamos, Haven e Miles já estão lá. Mas ao ver que Joseph está com eles, fico tentada a correr na direção contrária.
- Você pode sentar com a gente, mas só se prometer não ficar encarando o novato - diz Miles, rindo. - Encarar os outros é falta de educação, sabia? Será que ninguém lhe ensinou isso?
Reviro os olhos e me sento ao lado dele no banco, determinada a provar que não estou nem aí para a presença de Joseph.
- Fui criada por lobos, o que é que posso fazer? - Dou de ombros e trato de abrir o zíper da bolsa térmica em que trago meu almoço.
- Fui criado por uma drag queen e por uma escritora - diz Miles, surrupiando um confeito de cupcake pré-Hallowen de Haven.
- Desculpe, mas esse não é você querido - intervém Haven, rindo - É o Chandler de Friends. Eu, por minha vez, fui criada por uma congregação de bruxas. Fui uma linda princesa vampira, amada, adorada e admirada por todos.
Cresci num luxuoso castelo gótico, e nem sei como vim parar aqui, nesta horrenda mesa fibra de vidro, junto com a ralé. - Ela acena para Joseph. - E você?
Ele dá um gole no que está bebendo, um líquido vermelho iridescente em uma garrafa de vidro, e então corre os olhos por nós três e diz:
- Itália, França, Inglaterra, Espanha, Bélgica, Nova York, Nova Orleans, Oregon, Índia, Novo México, Egito e mais alguns lugares por aí. - Ele sorri.
- Filho de militar, aposto. - Haven dá uma risada, retira um confeito do cupcake e o arremessa para Miles.
- Demiédooregon - ele não consegue falar direito enquanto captura o doce com a língua e o engole com seu isotônico.
- O quê? - pergunta Joseph, confuso.
- Falei que a Demi, nossa amiga aqui, é do Oregon - diz Miles, provocando um olhar torto de Haven, que, mesmo depois do mico que paguei ontem, ainda me vê como a maior pedra em seu caminho rumo ao amor absoluto e não gosta nem um pouco de me ver no centro da atenções, ainda que por um breve instante.
Joseph sorri, olhando para mim.
- Onde no Oregon? Já morei em Portland.
- Eugene - respondo, focando meu sanduíche, não Joseph, pois mais uma vez, exatamente como aconteceu na sala de aula, quando ele fala, sua voz é o único som que ouço.
E toda vez que nossos olhares se encontram sinto meu corpo ficar quente.
E quando o pé de Joseph roça o meu, todo o meu corpo começa a formigar.
E esta história está me deixando nervosa.
- Como você veio parar aqui? - Joseph se inclina em minha direção, e Haven dá logo um jeito de se aproximar dele, deslizando no banco.
Sem tirar os olhos da mesa, crispo os lábios como faço sempre que estou aflita. Não quero falar sobre meu passado. Não vejo motivo para revelar todos os detalhes sórdidos; para explicar como, por culpa exclusivamente minha, toda a minha família morreu, e eu, por algum motivo insondável, sobrevivi. Portanto, simplesmente retiro a casca do pão e digo:
- É uma longa história.
Posso sentir o olhar de Joseph sobre mim, um olhar intenso, quente, convidativo. Fico tão nervosa que minhas mãos começam a suar, e deixo escorregar a garrafa de água mineral. Tudo acontece tão rápido que não tenho tempo de fazer nada, além de esperar pelo barulho provocado pela queda.
Mas antes que a garrafa chegue à mesa Joseph a pega no ar e a devolve a mim. Fico ali, encarando a água mineral e evitando o olhar dele, cogitando se fui a única a perceber o borrão que se formou no lugar do braço dele, tamanha rapidez do gesto.
Em seguida, Miles pergunta sobre Nova York, e Haven se aproxima ainda mais, quase se sentando no colo de Joseph. Respiro fundo e termino meu almoço, preferindo achar que imaginei tudo aquilo.

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PS: Mariane... não consegui postar ontem como tinha dito, mas postei hoje. Viu como eu sou um amor de pessoa?! Haha. Posso ser boa de vez em quando.

Stay Strong!
XOXO
Bia.

Mourning. ): #RIPSofiaKoch



Imagino eu, que todos já devem estar sabendo o ocorrido dessa "madrugada".
Sofia Koch, uma fã dos Jonas estava indo de carro para Cardoba ( na Argentina ) e acabou sofrendo um acidente, não sei muito como foi, mas a questão não é essa no momento.
Na hora em que li que Sofia havia falecido, chorei muito, tudo bem, posso não conhecê-la, mas era parte da família Jonatic... era uma de nós. Perder alguém nunca é fácil. Por isso estou aqui.
Quero desejar meus pêsames à família e aos amigos de Sofia. Onde quer que ela esteja estamos rezando por ela.
Stay Strong!
XOXO
Bia.


Answers to comments.


Chapter 4 - part 2/2


Chapter 4 - part 2/2
Já sei como a história termina.

Traço um reta em direção ao fundo da sala e por pouco não tropeço na mochila que Stacia colocou no caminho. Meu rosto queima de vergonha, pois sei que Joseph vem logo atrás de mim e que ouviu tudo o que eu disse a Miles e Haven, cada uma daquelas palavras horríveis.
Jogo minha mochila no chão e escorrego carteira a dentro, coloco o capuz e ligo o iPod no volume máximo, na esperança de abafar o zum-zum-zum à minha volta e de esquecer o que acabou de acontecer. Afirmo para mim mesma que um cara como ele, tão seguro de si, tão deslumbrante, tão completamente formidável, não se abala com com o que diz uma garota como eu.
Mas assim que começo a relaxar, já decidida a não ligar mais para isso, levo um susto devastador, uma descarga elétrica que invade minha pele e segue correndo pelas veias, fazendo meu corpo inteiro formigar.
E tudo porque Joseph colocou a mão sobre a minha.
Não é fácil alguém me surpreender. Desde que adquiri os poderes, só a Riley consegue essa façanha, aliás, acredite, ela sempre encontra um jeito novo de fazer isso. Mas quando levando os olhos da minha mão para o rosto de Joseph, ele apenas sorri e diz:
- Eu queria devolver isto aqui. - E me entrega o exemplar de o morro dos ventos uivantes.
Sei que soa estranho, talvez um tanto maluco, mas quando ele abriu a boca e falou não ouvi nada mais à minha volta. Sério, foi como se eu, em um momento, estivesse ouvindo pensamentos e vozes ao acaso e, em outro, começasse a ouvir isso: _______.
Sabendo como isso é ridículo, balanço a cabeça e digo:
- Tem certeza de que não quer ficar com ele mais um pouco? Não estou precisando, já sei como a história termina. - Joseph recolhe a mão, mas o formigamento continua ainda um tempinho.
- Também já sei o fim. - ele diz, olhando para mim de um jeito tão intenso, tão obstinado e tão íntimo que rapidamente desvio o olhar.
E quando vou recolocar os fones no ouvido, a fim de bloquear os comentários maldosos de Stacia e Honor, Joseph novamente pousa a mão na minha e diz:
- O que você está ouvindo?
E o silêncio se refaz. Sério, durante aqueles poucos segundos, somem as espirais de pensamento, os cochichos maldosos, tudo, menos a voz suave e lírica de Joseph. Da outra vez que isso aconteceu, achei que fosse maluquice minha. Mas agora sei que é real. Porque, embora as pessoas continuem a falar, a pensar e a fazer tudo o que normalmente fazem, nada chega aos meus ouvidos. Só o som das palavras dele.
Mais uma vez percebo a corrente elétrica que invade o meu corpo, sinto como ele é quente e penso no que poderia ter causado isso. Bem, não é que esta tenha sido a primeira vez que alguém tenha pego na minha mão, mas nunca antes tinha senti nada nem de longe  parecido.
- Perguntei o que você está ouvindo. - Ele sorri. Um sorriso tão íntimo e particular que me deixa com as bochechas vermelhas.
_ É...hmmm... é só uma coletênica de músicas góticas que a minha amig mim. A  Haven baixou pra mim a maioria é coisa antiga, tipo Siuxsie and the Banshees, Bauhaus, The Cure... - respondo, afinal, dando de ombros. Desta vez não consigo desviar o olhar. Encarando-o de volta, tento descobrir a cor exata dos seus olhos.
- Você gosta de gótico? - pergunta Joseph, surpreso e cético, correndo os olhos por mim come se estivesse me inventariando: o rabo de cavalo, o moletom azul-marinho, o rosto totalmente desprovido de maquiagem.
- Eu, não. Mas a Haven curte muito. - Deixo escapar uma risada nervosa, estridente, dessas que assustam. Tenho a impressão de que ela ricocheteia pelas quatro paredes da sala antes de voltar pra mim.
- E você, curte o que? - Joseph ainda me encara, claramente gostando da conversa.
Estou prestes a responder quando o sr. Robins entra na sala com as bochechas muito vermelhas, mas não por ter vindo correndo pelo corredor, como todo mundo acha. Joseph se encosta na carteira, e eu respiro fundo, aliviada por voltar aos ruídos de sempre: a ansiedade típica dos adolescentes, o estresse com as provas, a insatisfação com a própria aparência, as frustrações dos sr. Robins, os pensamentos de Stacia, Honor e Craig, todos se perguntando o que um gato desses pode querer comigo.

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Stay Strong!
XOXO
Bia.

Matter of minutes and news.


Whaaaaaaat's up? Galera tenho duas coisas para  dizer... Primeira, é questão de minutos. Daqui a pouco estarei postando o capítulo, só estou terminando de escrever. Segunda, a partir da próxima semana eu começo a dar aula de Inglês, então vou estar com menos tempo do que já estou pra estar postando aqui... E espero que vocês entendam se eu não estiver postando semanalmente como eu havia comentado... By the way eu preciso cuidar da minha vida social, escolar, e agora tem as aulas também. Mas prometo que nao largo o blog... nem que me paguem. LOL
Whatever... era isso.
Então daqui a pouco tem mais um capítulo.

Stay Strong!
XOXO
Bia.