...Huuum...Clarifying

Galera, estou aqui para esclarecer uma coisinha pequenininha pra vocês rs...
T. disse que havia lido esta história em outro lugar, e sim pra quem já leu a série Os Imortais de Alyson Noel, já conhece a história. 
Mas como eu já havia comunicado em alguns dos posts antes de começar a postar aqui pra vocês. Eu apenas adaptei a versão original para JEMI. e a T. também perguntou se tem algumas modificações. Sim, ela tem pequenas modificações, mas nada que vá atrapalhar na leitura, mudei apenas algumas frases que fossem muito"complexas" (na verdade o texto é fácil, mas apenas modifiquei algumas coisas que achei que ajudariam melhor na interpretação do texto) ou como por exemplo, o carro do pai da Demi e dá própria Demi.
Desculpem o transtorno...
Stay Strong!
XOX
Bia.

I'm so Sorry.


What's up? Sei que não postei a primeira parte do quarto capítulo ontem como havia prometido. E isso não aconteceu pelo simples fato de que eu não estou me sentindo muito bem, estou uma uma dor de cabeça desgraçada, como nunca tive, e minha gargante também dói, meu nariz está trancado e pra piorar, estou com a bronquite atacada, o que é uma merda, porque a minha é asmática, e sinto muita falta de ar. Aí vocês devem pensar... "mas isso não a impede de postar". É vocês têm razão, mas a minha cabeça incomoda de mais. Por  estar resfriada e com bronquite (certo, eu já falei isso rs), eu sinto como se meu corpo estivesse molinho molinho. rs
Se eu melhorar, quem sabe, mais tarde eu poste aqui pra vocês.
Peço desculpas mais uma vez.
Stay Strong!
XOX
Bia.

Chapter 3 - Part 2/2


Chap. 3 - Part 2/2 
Por que eles e não eu?


Durante todo o tempo em que fiquei confinada naquele quarto branco e sem graça recebi visitas regulares de um psicólogo: um residente preocupado. E que sempre começava nossa conversa com a mesma pergunta imbecil, querendo saber como eu vinha lidando com a minha “perda profunda” ( palavras dele, não minhas), para depois tentar me convencer a subir para o quarto 618, onde rolavam sessões de aconselhamento pós-traumático.
Nem me pagando eu participaria de algo assim. Nem morta me juntaria a um bando de pessoas angustiadas, esperando minha vez de contar a história do pior dia da minha vida. Em que isso poderia ajudar? Por que eu me sentiria melhor só por confirmar algo que já sabia: que não só fui a única responsável pelo que acontecei à minha família, com também fui bastante estúpida, bastante egoísta e bastante preguiçosa para perder tempo, demorar e, adiar minha ida para a eternidade?
Sabine e eu não nos falamos muito durante o voo de Eugene para Laguna Beach. Fingi que estava quieta por causa da tristeza e das dores no corpo, mas pra falar a verdade, precisava apenas de um pouquinho de distância. Sabia do conflito de emoções que rolavam na cabeça da minha tia. Por um lado, ela queria desesperadamente tomar a atitude certa, por outro, não conseguia parar de se perguntar: Por que eu?
Quase nunca me pergunto isso. Em geral, penso: Por que eles e não eu?
Mas também não queria correr risco de magoar Sabine. Depois de tudo o que ela havia feito por mim, assumindo a minha tutela e providenciando uma casa legal para me receber, eu não podia deixar que ela nem sequer suspeitasse de que todo o trabalho e todas as boas intenções haviam sido em vão, e que não faria a menor diferença caso ela tivesse me abandonado num orfanato fedorento qualquer.
O caminho do aeroporto até a nova casa se resumiu a uma imagem borrada do sol, mar e areia. E quando Sabine me levou para o quarto no andar de cima, passei os olhos rapidamente pelo cômodo e disse alguma frase equivalente a um muito obrigada.
- Sinto muito por ter que te deixar aqui sozinha. – ela disse obviamente ansiosa para voltar ao organizado e seguro do trabalho, onde nada lembrava o mundo caído em pedaços de uma adolescente traumatizada.
E então logo ela saiu, eu me joguei na cama, coloquei o rosto entre as mãos e desabei de chorar.
(pode parar a música, se quiser.)
Até que alguém disse:
- Ah, tenha dó, olhe pra você! Por acaso já deu uma boa olhada neste lugar? Viu a TV de tela plana, a lareira, a banheira que faz bolhas? Hey!
- Achei que você não pudesse falar. – retruquei assim que virei o rosto e deparei  com Riley, que, aliás, usava um moletom rosa e um par de tênis dourados da Nike.
- Claro que posso falar, não seja ridícula. – ela disse, e revirou os olhos.
- Mas das outras vezes...
- Eu só estava zoando você, algum problema? – ela passeava pelo quarto enquanto falava, passando a mão sobre a minha escrivaninha, dedilhando o IPOD e o leptop novinhos em folha que Sabine havia deixado ali. – Mal posso acreditar que você agora tem tudo isso. Não é justo caramba! – ela exclamou com as mãos na cintura, as sobrancelhas franzidas – Pior, você não está nem aí! Quer dizer, você já viu essa varanda? Pelo menos pensou em dar uma olhada nessa vista?
- Não quero saber de vista nenhuma – eu disse, cruzando os braços diante do peito e fulminando minha irmã com o olhar. – Está difícil engolir essa de que você aprontou comigo, fingindo que não podia falar.
Riley simplesmente ri e disse:
- Deixa de drama, vai. – Ela atravessou o quarto, abriu as cortinas e tentou destrancar a porta de vidro que dava para a varanda.
- E onde é que descolou essas roupas? – perguntei, examinando-a da cabeça aos pés, ressuscitado nossa velha rotina de briguinhas bobas e mágoas intermináveis. – Porque, primeiro você aparece com as minhas coisas e, agora, está usando essas peças de marcas. Sei que mamãe nunca comprou um moletom da Juicy pra você.
Ela riu.
-  Por favor, como se eu ainda precisasse permissão da mamãe, quando posso simplesmente abrir o armário celestial e tirar de lá o que eu quiser. E sem pagar por nada! – acrescentou, esboçando um sorriso.
- Sério? – perguntei, meus olhos se arregalando e pensando que aquilo parecia um ótimo negócio.
Mas Riley não fez mais que balançar a cabeça e apontar para a varanda.
- Ande, venha dar uma olhada em sua nova vista.
Obedeci. Levantei-me da cama, enxuguei meus olhos com a manda da blusa e, passando direto por minha irmã, fui rumo à varanda com o seu piso de mármore, meu olhos arregalados, com o que vi diante de mim.
- por acaso isso é uma piada? – perguntei. A paisagem à minha frente era uma réplica exata do quadro com moldura dourada que Riley havia me mostrado no hospital.
Mas quando me virei para trás ela já havia partido.

Chapter 3 - part 1/2



Chap. 3 - Part 1/2
Converso com minha irmã morta quase todo santo dia.


Entro em casa, pego uma garrafa de água na geladeira e subo direto para o quarto, uma vez que não preciso perambular pelo cômodos para saber que Sabine ainda está trabalhando. Sabine está sempre no trabalho, o que significa que este casarão está quase sempre a meu inteiro dispor, ainda que eu raramente saia do quarto.
Sinto pena de Sabine, a vida que ela construiu para si mesma, à custa de tanto sacrifício, foi brutalmente alterada quando caí de paraquedas sobre ela. Por outro lado, como mamãe era filha única e todos os meus avós já haviam morrido antes que eu completasse dois anos, ela não tinha muita escolha. Isto é, ou me botavam em um orfanato até eu completar dezoito anos ou me entregavam para a tia Sabine, irmã gêmea do papai. Embora ela nunca tivesse tido filhos, não sabendo nada do assunto, sequer do hospital para vender seu apartamento, comprar esta casa e contratar um dos melhores decoradores de Orange County para arrumar meu quarto.
Quer dizer, tenho todas as coisas que todo mundo geralmente tem: uma cama, uma cômoda e uma escrivaninha. Mas também tenho uma TV de tela plana, um closet, um banheiro enorme, com jacuzzi e boxe de chuveiro separados, uma varanda com uma vista maravilhosa para o mar, além de uma sala de estudos/jogos só para mim, com sofás, mesas, pufes, aparelho de som, mais uma TV de tela plana e uma minicozinha com micro-ondas e frigobar.
Engraçado como antes eu daria qualquer coisa por um quarto como este.
Hoje, porém, daria o mesmo só para voltar ao que já foi um dia.
Sei lá. Como Sabine passa a maior parte do tempo com outros advogados ou com os figurões cheios de dinheiro que ela representa, talvez tenha achado necessário me cercar por toda essa tralha. Além disso, nunca soube direito se ela não teve filhos por falta de tempo – em função do trabalho -, ou porque não encontrou o cara certo ou simplesmente porque nunca quis ter. Ou quem sabe uma combinação desses três? 
Uma pessoa com minha mediunidade talvez tivesse a obrigação de saber isso tudo. Porém, raramente consigo enxergar a motivação das pessoas. Quase sempre vejo fatos: uma sucessão de imagens que descrevem a vida delas como se fosse um trailer de um filme. Ás vezes, no entanto, vejo apenas símbolos, que preciso decifrar para saber o que significa. Feito cartas de tarô, ou as metáforas daquele livro que a gente teve de ler no ano passado, A Revolução dos Bichos.
Mas estou longe de ser infalível, e muitas vezes me atrapalho toda. Por outro lado, quando isso acontece, a culpa é sempre minha. Ou então, da multiplicidade de significados que alguns símbolos podem ter. Uma vez, por exemplo, interpretei um coração partido ao meio como símbolo de uma desilusão amorosa, até que a mulher em questão caiu dura depois de um infarto. Ás vezes, fico bastante confusa na hora de fazer minhas interpretações. Mas os símbolos e imagens nunca mentem
De qualquer modo, ninguém precisa ser médium para saber que, quando sonham em ter filhos, as pessoas geralmente pensam num bebezinho embrulhadinho numa pequena manta azul ou rosa, e não numa adolescente de 1,60 metro de altura, com os olhos castanhos, cabelos louros, poderes sobrenaturais e todo um passado de vivências e emoções. Portanto, no que me diz respeito, procuro sempre ficar na minha e não atrapalhar a vida da minha tia. Tenho todo o respeito por ela.
Mas não a ponto de contar que converso com minha irmã morta quase todo santo dia.
Na primeira vez que apareceu para mim, Riley estava diante da cama no hospital, no meio da noite, segurando uma flor com uma das mãos e acenando com a outra. Até hoje não sei direito o que me despertou, pois minha irmã não havia falado nada, nem fez qualquer ruído. Acho que senti a presença dela ou algo assim, uma mudança no quarto, a eletricidade no ar.
Primeiro achei que fosse alucinação – mais um efeito colateral dos analgésicos que eu estava tomando. – Mas depois de piscar um milhão de vezes e de esfregar os olhos continuei vendo Riley à minha frente, por algum motivo, em nenhum momento me ocorreu gritar ou pedir ajuda de alguém.
Observei-a indo para o lado da cama, apontou para os gessos que cobriam meus dois braços e umas das pernas e começou a rir. Quer dizer, uma risada silenciosa, mas ainda assim uma risada. Vendo a minha cara de poucos amigos, parou de rir e fez um gesto, como se estivesse perguntando se doía.
Dei de ombros, ainda um pouco irritada com a risada dela e um tanto assustada com o que estava acontecendo. E mesmo duvidando de que era realmente minha irmã quem estava ali, não demorei em perguntar:
- Onde estão mamãe, papai e Butercup?
Mas Riley simplesmente sorriu, juntou as palmas das mãos, e movendo a cabeça, sugeriu que eu voltasse a dormir.
Então, fechei os olhos, mesmo que nunca tenha acatado ordens dela antes. Logo depois, no entanto, abri os olhos novamente e perguntei:
- Ei, quem falou que você podia pegar meu suéter emprestado?
E de um segundo pro outro ela sumiu.
Devo confessar: passei o restante daquela noite arrependida por ter feito uma pergunta tão estúpida, egoísta e superficial. Tinha jogado lixo a oportunidade de obter respostas para algumas das perguntas mais importantes. Em vez disso, preferi implicar com minha irmã morta, só porque ela havia invadido meu guarda-roupa. É como dizem: certas coisas nunca mudam.
Na segunda vez que Riley apareceu, eu estava tão feliz e aliviada por vê-la de novo que não disse absolutamente nada ao reparar que ela estava usando não só o meu suéter predileto, mas também meus melhores jeans e a pulseira que havia ganhado no aniversário de treze anos, para a qual ela sempre espichou  o olho.
Simplesmente sorri e cumprimentei-a com a cabeça e agi como se não tivesse notado nada. Erguendo-me na direção dela, perguntei:
- Então, cadê mamãe e papai? – naquele momento, achei que bastaria firmar o pensamento para que eles aparecessem ali também.
Mas Riley apenas sorriu e sacudiu os braços como se estivesse batendo asas.
- Quer dizer que eles viraram anjos? – perguntei com os olhos arregalados.
Ela revirou os olhos e fez que não com a cabeça, colocando as mãos na cintura enquanto ria.
- Tudo bem, deixe pra lá. – voltei a cabeça com força contra o travesseiro, pensando que, apesar de morta, minha irmã estava brincando com fogo. – Então, como é do lado de lá? – perguntei, disposta a não brigar. – Quer dizer...Você está...vivendo no céu, não está?
Riley fechou os olhos e estendeu a palma das mãos como se estivesse equilibrando algo. De repente, do nada, uma pintura se materializou ali, bege, desbotada, com uma elegante moldura dourada.
Erguendo-me da cama novamente, examinei de perto a paisagem retratada no quadro: uma praia de areia dourada e águas muito azuis, cercada por penhascos tortuosos e árvores florescendo, ao longe, a silhueta embaçada de uma pequena ilha.
- E por que você não está lá agora? – perguntei.
Mas ela não disse nada. Apenas sacudiu os ombros e sumiu, juntamente com a pintura.
Por conta de muitos ossos quebrados, concussão, uma hemorragia interna, diversos hematomas e cortes, entre eles um talho bem fundo na testa, fiquei hospitalizada por mais de um mês, toda engessada e quase sempre sedada. Portanto, coube a Sabine toda a chatice de esvaziar minha casa, providenciar os enterros e empacotar minhas coisas para a mudança.
Ela pediu que eu listasse tudo aquilo que queria levar comigo. Tudo o que deveria se transplantada vida perfeita que eu tinha em Eugene, Oregon, para a vida nova e assustadora que eu passaria a ter em Laguna Beach, Califórnia. Mas, exceto por algumas roupas, eu não queria levar nada. Não seria capaz de suportar tantas lembranças de tudo o que havia perdido, além do mais, uma caixa idiota cheia de tralhas jamais traria minha família de volta.

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Estou terminando de digitar a segunda parte pessoas. ;)
Stay Strong!
XOX

Don't Forget and Answers.



Hey... Antes de tudo, quero pedir desculpas, porque ontem eu disse que iria postar um pouco mais tarde por conta de compromissos, mas acabei não postando.
Por conta disso eu vou postar a primeira e a segunda parte do terceiro capítulo e a primeira parte do quarto.
Então dentro de 30 e 40 minutos estarei postando-os aqui, ainda estou terminando de digitar a segunda parte do terceiro capítulo. (:
Respostas relacionadas ao último capítulo.
Anônimo: Obrigada. Continue gostando em?! rs
Eu ainda não fiz maratona, pelo fato de que poucas pessoas comentam, e quando eu posto, poucos estão "online". Mas quem sabe que decida fazer uma, já que depois do natal estarei viajando e não sei se vou estar com internet por lá. (: E bom... talvez demore um pouco pra eles ficarem  juntos, ams não é muito tempo não.
Karoline Nunes: HAHAHA OMG! Eu ri com o seu cometário florzinha. Desculpa, como eu havia dito antes, é porque eles estava apenas como rascunho, assim ficava mais fácil para postar, mas aí fui editar e acabei postando sem querer, e depois reverti para rascunho de novo. rs 
Espero que continue viciada na fic hahaha. Daqui a pouco posto. ;)


Stay Strong!
XOX
Bia.

Warning.

Hey pessoas... hoje eu vou postar um pouquinho mais tarde, por canta de compromissos que eu tenho agora rs.
Depois eu posto. 

Stay Strong!
XOX
Bia.

Chapter 2 - part 2/2

Chap. 2 - part 2/2
Demi, o que foi que deu em você?


E o que vejo me deixa sem fala, incapaz de piscar, ou mover qualquer outra parte do corpo.
Percebendo meu estado, Miles arregala os olhos e começa a abanar as mãos freneticamente, fazendo o que pode para desistir do plano de me trazer de volta ao “quartel general”, à normalidade.  Mas não posso. Quer dizer, bem que eu gostaria, porque eu sei que estou agindo exatamente como a esquisitona que todos já acham, que sou. Mas não dá, é impossível. E não apenas por causa da beleza inquestionável de Joseph. Tudo bem, os cabelos são lindos, luminosos e curtos. Mas quando ele ergue os óculos de sol  para me fitar de volta, percebo que os olhos dele, são estranhamente familiar, são de um mel escuro, emoldurados em cílios tão longos que quase parecem falsos. Ah, e os lábios! O lábios são carnudos e convidativos, tão bem desenhados quanto um arco de Cupido. E o corpo que sustenta tudo isso é alto, magro, firme e musculoso. Vestido de preto de cima a baixo.
- Ei Demi! Hey! Você pode acordar agora. Por favor! – Miles vira-se para Joseph, rindo de nervosismo – Não repare na minha amiga, não. Geralmente ela se esconde debaixo do capuz.
Não é que eu não saiba que eu tenha que parar, e parar agora. Mas os olhos de Joseph, fixos nos meus, vão se tornando um colorido cada vez mais intenso à medida que os lábios esboçam um sorriso.
Mas como eu já disse, não é a beleza dele que me paralisa dessa forma. Um fato não tem nenhuma relação ao outro. Acontece que toda a área em torno do corpo dele, desde a gloriosa cabeça até a ponta quadrada das botas pretas de motoqueiro, consiste em nada além de um espaço vazio, em branco.
Nenhuma cor, nenhuma aura, nenhum espetáculo de luzes pulsantes.
Todo mundo tem uma aura. Todos os seres vivos têm espirais de cor que emanam do corpo. Um campo magnético multicolorido do qual nem se dão conta. Nada perigoso ou assustador, nem ruim, de forma alguma, mas apenas parte de um campo magnético visível – bem, pelo menos para mim.
Antes do acidente, eu nem fazia ideia de coisas assim. E, definitivamente, não era capaz de vê-las. Mas, desde que acordei no hospital, vejo cores por toda parte.
- tudo bem com você? – perguntou a enfermeira ruiva, preocupada.
- Sim, mas por que você está toda rosa? – respondi, sem entender o porquê daquele brilho rosado em volta dela.
- Por que estou o que? – ela se esforçou para disfarçar o susto.
- Rosa. Isso que está aí ao seu redor, principalmente da cabeça.
- Ok, meu amor, fiquei aí descansando, que eu vou chamar o médico. – ela me deixou sozinha no quarto e saiu correndo pelo corredor.
Só depois de passar por uma bateria de exames oftalmológicos, ressonâncias cerebrais e avaliações psiquiátricas foi que aprendi a guardar minhas visões para mim mesma. E mais tarde, quando passei a ouvir pensamentos, a captar histórias de vida, pelo toque e a conversa com a minha irmã morta, já estava escalado o suficiente para ficar de bico calado.
Acho que já me acostumei a viver assim: nem sequer lembrava que existe um jeito diferente. Mas ao ver Joseph emoldurado apenas no preto reluzente da carroceria de um carro muito chique e caríssimo, acabai me lembrando de outro tempo de minha vida, mais feliz e mais normal.
- Seu nome é Demetria certo? – ele pergunta, enfim abrindo o sorriso esboçado há pouco e revelando mais uma de suas inúmeras perfeições.
Eu fico ali, inutilmente tentando desviar o olhar, enquanto Miles começa a pigarrear feito um maluco. Só então me lembro de quanto ele detesta ser ignorado.
- Ah, desculpe. Miles, Joseph, Joseph, Miles. – digo sem ao menos piscar.
Joseph dá uma olhada rápida para Miles, cumprimenta-o com a cabeça e logo se volta para mim. Sei que pode parecer maluquice minha, mas durante a g=fração de segundos em que Joseph desviou o olhar senti uma fraqueza e um frio muito estranhos.
Mas assim que ele vira seu olhar novamente para mim tudo volta ao normal – tudo fica bem e quente de novo.
- Posso pedir um favor? – e sorri – Será que você pode me emprestar seu O morro dos ventos uivantes? Preciso colocar a leitura em dia, e hoje não vou ter tempo de passar na livraria.
Abro a mochila, retiro o livro e estendo o braço com o mesmo na palme da mão, parte de mim torcendo para que as pontas dos dedos dele, enquanto outra parte, a mais forte e esperta, aquela com poderes sobrenaturais, treme só de pensar nas revelações que podem aparecer do contrato com um desconhecido tão lindo.
Ele joga o livro dentro da BMW, baixa os óculos e diz:
- Valeu, a gente se vê amanhã.
Só então percebo que nada aconteceu com aquele breve toque, além de um leve formigamento na ponta dos dedos. E antes que eu possa dizer o que quer que seja, ele já está dando a ré para sair da vaga.
- Amiga – diz Miles, balançando a cabeça e se acomodando a meu lado no Mercedes – Desculpe, mas quando falei que você iria pirar quando visse o cara eu não estava sugerindo que você pirasse.
Não era pra você seguir ao pé da letra. Demi, o que foi que deu em você? Que esquisitice foi aquela? Só faltou você dizer: Muito prazer, sou a Demi, a psicopata que vai perseguir você pelo resto da vida! Nãoestou brincando. Achei que a gente teria que ressuscitar você! E olhe, pode acreditar, você deu uma tremenda sorte. Imagina se a Haven, nossa queridíssima amiga, estivesse lá para ver a cena, hã? A senha número um é dela, meu amor, já esqueceu?
Miles continua tagarelando sem parar durante todo o caminho. Simplesmente eu o deixo falar enquanto presto atenção do trânsito, roçando o dedo na cicatriz espessa em minha testa – a que escondo debaixo da franja.
Como explicar a ele que, desde o acidente, as únicas pessoas cujos pensamentos não posso ouvir, cujos toques nada revelam e cujas auras não consigo ver são as que já morreram?

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PS: Karoline Nunes não sei se você viu, mas eu respondi o seu último comentário, no último capítulo. rs Desculpe o transtorno flor.

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Chapter 2 - part 1/2 + Divulgação


Chap. 2 - part 1/2
Pessoal, esse é Joseph Jonas. 


Segundos antes do Sr. Robins entrar na sala, baixei o capuz, desliguei o Ipod e fingi ler meu livro, sem de dar ao trabalho de levantar a cabeça quando ele disse:
- Pessoal, esse é Joseph Jonas. Acabou de se mudar no Novo México. Muito bem, Joseph, pode se sentar lá trás ao lado de Demetria. Vai ter que acompanhar com o livro dela até comprar o seu.
Joseph é lindo. Sei disso sem precisar espiá-lo nem uma única vez. Mantenho os olhos cravados no livro enquanto ele anda para o fundo da sala, pois já conheço minha turma como a palma de minha mão. No que me diz respeito, um pouco de ignorância até que não ia mau.
Mas, segundo os pensamentos de Stacia, sentada a apenas duas fileiras à minha frente, Joseph Jonas é um espetáculo!
A melhor amiga dela, Honor, concorda em gênero, número e grau.
Assim como Craig, namorado da Honor, mas isso já outra história.
- Oi. – Joseph se espreme na carteira ao meu lado, minha mochila produzindo um baque surdo ao ser jogada no chão.
Retribuo o cumprimento com um aceno de cabeça, recusando-me a olhar além das botas de motoqueiro dele. Lustrosas e pretas, muito mais para revista de moda que para Hells Angels. Bem diferentes da profusão de chinelos coloridos que salpica o carpete verde da sala.
O Sr. Robins pede que a gente abra o livro na página 133, e Joseph se inclina em minha direção.
- Posso acompanhar com você? – diz.
Apavorada com tanta proximidade, hesito um pouco, mas depois empurro o livro até a beirada da minha carteira, o mais longe que consigo sem derrubá-lo no chão. E quando ele arrasta a sua cadeira para perto, ocupando o pouco espaço que havia entre nós, deslizo para a extremidade oposta da minha, o mais longe possível. E novamente me escondo sob o capuz.
 Joseph ri baixinho. Como ainda não olhei para ele, não faço a menor ideia do que isso possa significar. Foi um risinho discreto e gostoso, mas talvez tivesse um duplo sentido qualquer
Afundo na cadeira ainda mais, a cabeça apoiada em uma das mãos, os olhos fixos no relógio e determinada a ignorar todos os olhares e comentários maldosos destinados contra mim. Tais como: “Coitado do novato bonitão, gostoso, sexy... ter de sentar ao lado da esquisitona!” é mais ou menos isso que passa pela cabeça de Stacia, Honor, Craing... e quase todo mundo da sla.
Bem, todo mundo menos o Sr. Robins, que, como eu, não vê a hora chegar ao fim da aula.
No almoço ninguém fala de outro assunto que não seja Joseph.
“Já viu o aluno novo? Que gato, hem?... É um gostoso... Ouvi dizer que é do México... Do México não, da Espanha... Tanto faz, de um outro país qualquer... É claro que vou convidá-lo pro Baile de Inverno... mas você nem conhece o cara ainda!... Fique tranquila, porque vou conhecer...”
- E aí amiga? Já viu o tal de Joseph? O que acabou de chegar! – Haven se senta a meu lado e espia através da franja, que de tão comprida chega a roçar os lábios pintados de vermelho.
- Ah! Não, e você também não... – mordo minha maça.
- Aposto que você não diria isso se tivesse tido o privilégio de ver o cara. – ela diz, retirando o cupcake da caixa de papelão rosa, e lambendo a cobertura, tal como faz todos os dias, embora se vista como alguém que não hesitaria nem mesmo um segundo antes de trocar um cupcake por um bom copo de sangue.
- Vocês estão falando sobre o Joseph, é? – sussurra Miles, deslizando no banco e fincando os cotovelos na mesa, os olhos castanhos oscilando entre nosso rosto, um sorriso maroto estampado no rostinho de bebê – Que gato! Vocês viram as botas? Tão Vogue... Acho que vou perguntar se ele quer ser o meu próximo namorado.
Haven aperta os olhos amarelos na direção dele.
- Tarde demais. – diz – Eu vi primeiro.
- Poxa, foi mal. Não sabia que você curtia “não góticos”. – ele dá um risinho, revira os olhos e desembrulha seu sanduíche.
Haven ri de volta.
- Se forem como ele, curto. Juro que ele é simplesmente um absurdo de tão irresistível, você precisa ver! – e balançando a cabeça, irritado com a minha indiferença, vira-se para mi e diz: Ele é gostoso demais!
- Você ainda não o viu? – espantou-se Miles, segurando o sanduíche.
Baixo os olhos para a mesa, muito perto de contar uma mentira. Diante daquele carnaval todo, não conseguia ver outra saída. Mas não posso mentir, não para eles. Haven e Miles são meus melhores amigos. Os únicos que tenho. Além disso, já guardo segredos demais.
- Ele se sentou ao meu lado na aula de inglês. – Fui obrigada a dividir o livro com ele, mas não cheguei a vê-lo direito.
- Obrigada? – Haven move a franja para o lado para ver melhor a maluca que foi capaz de dizer tanta asneira – Ah, deve ter sido horrível pra você, um suplício, né? – ela revira os olhos e suspira. – Eu juro: você não sabe a sorte que tem! Devia estar agradecendo de joelhos!
- Que livro vocês leram juntos? – pergunta Miles, como se o título pudesse revelar algo muito importante.
- O morro dos ventos uivantes – respondo, dando de ombros. Coloco o que restou da maçã em um guardanapo, para jogá-la fora depois.
- E o capuz? – pergunta Haven – Com ou sem?
Depois de certo esforço, lembro que coloquei o capuz enquanto Joseph caminhava em minha direção.
- Hum... com. È, tenho certeza.
- Ainda bem. – resmunga Haven, aliviada, partindo o cupcake em dois. – A última coisa que preciso é competir com a deusa dos cabelos dourados.
Eu me encolho e mais uma vez baixo os olhos para a mesa. Fico envergonhada quando as pessoas fazem elogios assim, que no passado costumavam ser muito importantes para mim. Agora, não são mais.
- Mas e o Miles? – pergunto, desviando a atenção para alguém que goste – Você não acha que ele também é um forte concorrente?
- Isso mesmo! – Miles passa a mão pelos cabelos castanhos. – Eu também estou na parada!
- Bobagem. – diz Haven, limpando o colo dos farelos. – Joseph e Miles não jogam no mesmo time. Pelo menos dessa vez a beleza estonteante e incomparável do nosso amigo top model não vai contar.
- Como você sabe em que time ele joga? – pergunta Miles, apertando as pálpebras enquanto destampava sua garrafa de suco. – Como pode ter tanta certeza assim?
- Meu gaydar não apitou – explica Haven, dando um tapinha na própria testa – confie em mim: o Joseph não aparece nele.
Então, Joseph não é meu colega apenas na aula de inglês do primeiro horário, como também na aula de artes do sexto (não que ele tenha sentado do meu lado, nem que eu tenha procurado, mas os pensamentos que pipocavam pela sala, mesmo os de nossa professora, a Sr. Machado, foram suficientes para que eu percebesse a presença dele). E como se isso não bastasse, agora vejo que ele estacionou o carro bem ao lado do meu. Até então eu havia conseguido me conter e não olhar para outra parte além das botas do sujeito, mas agora, eu sabia, minhas possibilidades de escapar, acabaram.
- Ai, meu deus! É ele! Está vindo bem em nossa direção! – exclamou Miles – E olha aquele carro! Um BMW preto novinho em folha! E com o insufilme mais escuro que existe! Olhe, o plano é o seguinte: vou abrir a porta e bater acidentalmente na porta dele, então terei uma desculpa para falar alguma coisa. -  Ele se vira para mim em busca de aprovação.
- Não arranhe o meu carro. Nem o carro dele. Nem o de qualquer outra pessoa. – eu digo, balançando a cabeça tirando as chaves da mochila.
- Tudo bem. – resmunga, fazendo beiço – Pode arruinar os meus sonhos, não me importo. Mas faça um favor a sim mesma e dê uma olhada no cara! Depois quero ouvir você dizer, olhando nos meus olhos que não pirou nem ficou de perna bamba!
Reviro os olhos e me espremo entre o fusca vizinho e o meu Mercedes. Já estou abrindo a porta quando, atrás de mim, Miles me surpreende, puxa meu capuz para baixo arrancando os meus óculos e corre para o lado do passageiro, onde, com gestos nada disfarçados da cabeça e das mãos, insiste para que eu olhe para o Joseph, que a essa altura já está atrás dele.
Então, obedeço. Bem, não posso continuar evitando o cara pelo restante da vida. Assim, respiro fundo e levando os olhos.

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Chapter 1- part 1/2 and part 2/2


Chap. 1- part 1/2
Nem sempre fui essa bizarrice que sou hoje.


- Advinha!
As mãos quentes e úmidas de Haven apertam minha bochechas, e seu anel, um crânio de prata escurecido,  deixa uma marca sobre minha pele. E mesmo que eu esteja com os olhos cobertos e fechados, sei que os cabelos dela, tingidos de preto, estão partidos ao meio, um espartilho de vinil se sobrepõe a uma blusa de gola rulê – mantendo-se em conformidade com o código de vestimenta do colégio – a saia comprida de cetim com um furo próximo à bainha, de quando  ela pisou com o bico das botas Doc Martens, os olhos parecem dourados, mas só porque ela está usando lentes de contato amarelas.
Também sei que o pai dela não está viajando “ a trabalho”, como ele mesmo disse, que o personal trainer da sua mãe é muito mais “personal” que “trainer” e que o irmão caçula quebrou um CD dela, do Evanescence, e agora está com medo de contar.
Mas não sei isso tudo porque andei bisbilhotando a vida dela, nem porque alguém me contou. Sei porque tenho poderes sobrenaturais.
- Anda logo, adivinha! Daqui a pouco o sinal vai tocar! – ela diz com a voz rouca, como se fumasse um maço de cigarro por dia, embora só tenha tentado fumar uma vez.
Enrolo um pouco enquanto penso na última pessoa com quem ela gostaria de ser confundida.
- Hilarry Duff?
- Eca! Vai, tenta de novo. – ela aperta ainda mais forte, nem sequer desconfiando de que não preciso ver pra saber.
- Será a sra. Marilyn Manson?
Ela ri e desencosta as mãos, e então lambe o polegar para apagar a tatuagem de sugeria em minha bochecha, mas levanto o braço antes que ela possa me alcançar. Não porque tinha nojo da saliva dela (quer dizer, sei que ela não tem doença nenhuma), mas porque não quero que encoste em mim novamente. O toque humano é muito revelador, muito cansativo, então procuro evita-lo a todo custo.
Com um gesto rápido, ela tira o capuz da minha cabeça e aperta os olhos ao ver meu fones de ouvido.
- O que vocês está ouvindo?
Levo a mão ao bolsinho para Ipod que costurei no capuz de todos os meus moletons ( para esconder dos professores os tão famosos fiozinhos brancos) e entrego a ela o aparelho.
- Puxa... – ela diz com os olhos arregalados – Quer dizer, que barulheira é que está cantando isso?
Haven se curva para que nós possamos ouvir Sid Vicious berrando sobre a anarquia do Reino Unido. Na verdade, nem sei se ele é a favor ou contra. Sei apenas que berra o suficiente para dar uma acalmada nos meus supersentidos.
- Sex Pistols. – respondo, desligando o Ipod e guardando de volta no esconderijo.
- Nem sei como você pode me ouvir. – Haven sorri ao mesmo tempo em que o sinal toca.
Simplesmente dou de ombros. Não preciso escutar para ouvir. Claro, não é isso que eu digo a ela. Falo apenas que a gente vai se ver na hora do almoço e vou para  aminha aula, atravessando o campus da escola e encolhendo-me ao intuir dois garotos que se aproximaram pelas costas de Haven e pisam na bainha da saia dela – por pouco não a fazem cair. Mas quando ela vira para trás e faz o sinal do mal ( certo, não é o sinal do mal, mas algo que ela mesma inventou) e os encara com aqueles olhos amarelos, eles imediatamente se afastam e a deixam em paz. Quanto a mim, suspiro aliviada e entro na minhas sala de aula, sabendo que não vai demorar até que eu deixe de sentir a energia persistente do toque de Haven.
A caminho do meu lugar, no fundo da sala, desvio-me da bolsa que Stacia Miller deixou de propósito em meu caminho e ignoro a serenata que ela diariamente sussurra a me ver – “PERDERORA!”. Em seguida, acomodo-me na cadeira, tiro o livro, caderno e caneta da mochila, coloco os fones de ouvido, visto o capuz, jogo a mochila na carteira vazia a meu lado e espero pela chegada do sr. Robins.
O sr. Robins está sempre atrasado. Sobretudo porque gosta de tomar uns goles de seu cantil de prata entre uma aula e outra. Mas bebe apenas porque a mulher grita com ele o tempo todo, a filha o considera um fracassado e ele, quase sempre, detesta a própria vida. Descobri tudo isso em meu primeiro dia nesta escola, quando acidentalmente toquei na mão dele ao entregar o formulário de transferência. Agora sempre que tenho que entregar alguma coisa à ele, deixo na beirada da mesa.
Fecho os olhos e espero, enquanto meus dedos deslizam  pelo moletom, a fim de trocar o barulhento Sid Vicious por algo mais leve, mais tranquilo. A gritaria de Sid não é mais necessária agora que estou na sala de aula. Acho que a relação entre professor e aluno ajuda a conter, pelo menos até certo ponto, minha energia mediúnica.
Nem sempre fui essa bizarrice que sou hoje. Já fui uma adolescente normal, do tipo que vai as festas da escola,, se apaixonava por celebridades e tinha tanto orgulho dos cabelos louros que nunca pensaria em prendê-los num rabo de cavalo ou escondê-los sob um capuz. Eu tinha, mãe, pai, uma irmão caçula chamada Riley, e uma cadela labrador caramelo, fofa, de nome Buttercup. Morava numa casa agradável, nu bairro bacana de Eugene, Oregon. Era popular, feliz e mal podia esperar para chegar ao segundo ano, pois tinha acabado de me tornar líder de torcida da principal equipe da escola. Minha vida era completa, o céu era o limite. Essa história de céu pode ser um pouco ultrapassada, mas, no meu caso, ironicamente é também a mais pura verdade.
No entanto, seu tudo isso apenas por ouvir, pois desde o acidente só me lembro claramente de uma coisa: eu morri.

Chap. 1 - part 2/2
Não houve nada de “quase” no que me aconteceu.


Tive o que as pessoas chamam de “experiência de quase morte” ou EQM. Acontece que as pessoas estão erradas. Podem acreditar, não houve nada de “quase” no que me aconteceu. Foi assim: Num instante, Riley e eu estávamos no banco de trás da Mitsubishi do papai. Buttercup com a cabeça pousada no colo de minha irmã e o rabo batendo suavemente em minha perna, e a próxima lembrança... os airbags inflados, o carro inteiramente destruído e eu lá, assistindo a tudo do lado de fora.
Olhando para os destroços – os estilhaços de vidro, as portas amassadas, o para-choque dianteiro 
agarrado ao tronco de um pinheiro num abraço letal - , fiquei me perguntando o que poderia ter acontecido de errado, esperando e suplicando que todos tivessem conseguido sair dali como eu. De repente, ouvi um latino familiar, virei para trás e vi minha família seguindo por um caminho guiada por Buttercup, que abanava o rabo.
Fui ao encontro deles. De início, tentei correr e alcançá-los, mas depois fui mais devagar, querendo me demorar e passear por aquele campo vasto e perfumado de flores e árvores vibrantes, que tremeluziam, e apertando os olhos diante da névoa deslumbrante que refletia e brilhava intensamente, iluminando tudo.
Prometi a mim mesma que seria rápido, que logo voltaria para encontrar minha família. Mas, quando enfim olhei, só deu tempo de, num relance, eles sorrirem e acenarem para mim ao atravessarem uma ponte, sumindo de vista pouco depois.
Entrei em pânico. Olhando para todas as direções, comecei a correr de um lado para o outro, mas tudo parecia igual: uma névoa sem fim, tépida, branca, brilhante, bonita e estúpida. Então cai no chão, xingando, implorando, fazendo promessas que jamais poderia cumprir.
Foi então que ouvi alguém dizer:
- Demetria? É esse o seu nome? Abra os olhos e olhe para mim.
Aos tropeços, voltei para a superfície, onde tudo é dor e sofrimento, e minha testa latejava de tanta dor, uma dor lucinante. Então olhei fixamente para o cara que se curvava sobre mim, dentro de seus olhos escuros, e sussurrei.
- Sim, sou a Demi. – e desmaiei outra vez.


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Decidi postar as duas partes do primeiro capítulo pra vocês. Espero que gostem!
3 comentários para o próximo.
Stay Strong!
XOX
Bia.

Just to stir curiosity.



Heeey... Então, apenas pra dar uma pequena atiçada na curiosidade de vocês eu vou postar alguns trechos do primeiro capítulo.
Galera outra coisa, os capítulos irão ser menores, na verdade serão divididos em partes, para que não sejam muito compridos. E lembrando... Serão seis temporadas.
Espero que gostem!

"- Advinha!

As mãos quentes e úmidas de Haven apertam minha bochechas, e seu anel, um crânio de prata escurecido,  deixa uma marca sobre minha pele. (...)
 Mas não sei isso tudo porque andei bisbilhotando a vida dela, nem porque alguém me contou. (...)
(...) Nem sempre fui essa bizarrice que sou hoje. Já fui uma adolescente normal, do tipo que vai as festas da escola,, se apaixonava por celebridades e tinha tanto orgulho dos cabelos louros que nunca pensaria em prendê-los num rabo de cavalo ou escondê-los sob um capuz. (...)
(...) só me lembro claramente de uma coisa: eu morri. 
(...) - Demetria? É esse o seu nome? Abra os olhos e olhe para mim. (...)
(...) Então olhei fixamente para o cara que se curvava sobre mim, dentro de seus olhos escuros, e sussurrei.

- Sim, sou a Demi. – e desmaiei outra vez."


Stay Strong!
XOX
Bia.

New fic.


Yay! Como vocês devem ter percebido, eu já terminei de postar a primeira temporada da fic da Faanyh (amo essa garota).
Postei tudo, meio que junto, pra que eu pudesse começar logo a postar a próxima fic.
Bom...a fic inteira envolve apenas Demetria e Joseph, não existem Nicholas, Selena, Miley, Kevin ou Dani. Ou qualquer outro personagem, que façam parte da vida do Joe ou da Demi, na vida real.
Vocês também, já devem ter notado o novo layout do blog. Eu queria uma coisinha mais legal, mas deixei bem simples assim mesmo. rs

Stay Strong!
XOX
Bia.


Chap. 36 - 37 - 38 - 39 and 40 End of season.

Chap. 36

Separamos logo do beijo. Tinha uma pessoa nos olhando. 

Demi: Isso foi nojento. 
Sel: Não acredito que foi você!
Demi: Mas não foi eu! Foi elas -disse apontando para um grupo de pessoas que nos olhava com alegria nos olhos. Ah, é fãs, meu Deus. 
Joe/Nick: FOGE 

Joe pegou a Demi no colo, e fomos correndo. Saimos do cinema, e fomos ao estacionamento. Imaginem famosos correndo no shopping que tem fãs correndo atras de você, e nem tem um segurança nesse shopping?! Ah, meus pés estão doendo. Comecei a correr mais devagar, acho que Nick percebeu. Ele veio até mim, e se virou de costas à mim 

Nick: Sobe 
Sel: Nick, eu sou gorda. 
Nick: Sobe logo, ou quer morrer esmagada por fãs malucas?

Nem respondi, pulei nele, e ele me levou até o carro. Chegando lá, Joe já havia ligado o carro, e entramos. Ele partiu, e fomos até em casa. No carro demos um suspiro alto, e só ouvia nossas respirações afogantes. Ninguém gostarei de correr o shop inteiro até o estacionanto, com fãs correndo atras de você, né? 
Chegamos logo em casa, e sentamos no sofá descansando. 

Demi: Vou dormir. 
Sel: E eu tomar um banho. Bye ~

Subi, nem dei chances de ninguém responder. Entrei no meu quarto, tomei um banho super relaxante, coloquei uma roupa simples, de usar em casa. Deitei na cama, e olhei para a janela, estava formando um tempo feio. Com certeza ia chover. Escutei alguém bater na porta, e falei o típico: 'entra'. Era Demizinha.

Sel: Que foi Demizinha?
Demi: Não quero dormir sozinha, posso dormi com você?
Sel: Mas é lógico. 

Ela se deitou ao meu lado, e eu acariciava seu cabelo. Ela dormiu rápido. Liguei a tv para ver se estava passando algo de bom. Foi quando parei no canal, onde estava passando aquelas fofocas de famoso. 

~TV 
Ap: Aqui estamos nós, em um shopping ao vivo, onde tem fãs malucas, que viram seus idolos se beijando no cinema. Vocês devem estar perguntando qua famoso, certo? Tentem adivinhar com as pistas, e depois que as algumas fãs falarem, e revelo quem é. Primeira pista: Eram melhores amigos, afinal, depois do beijo é algo maior. Segunda pista: São um dos mais famosos do mundo teen. Terceira pista: Os dois fazem seriados, mas separados. Curiosos? Conseguiram adivinhar? Agora vou conversar com algumas fãs. Então, como foi ver seus maiores ídolos se beijando no cinema. 
XxX: Foi a maior surpresa que já vi, foi uma emoção. Eu amo muito os dois. AMO DEMAIS. Sou fã deles, e acho que eles se amam de verdade. 
Ap: E você?
XxX2: Preferia ele com outra, mas os dois são lindos juntos. Pra falar a verdade preferia ele comigo. 
Ap: E você?
XxX3: Eu to na tv?
Ap: Hã, sim, mas o que você sentiu quando viu eles se beijando?
XxX3: Eu senti EMOÇÃO, me senti fabulosa ao saber que meus pensamentos estavam sendo realizados, meus sonhos. SEMPRE SONHEI que eles um dia iam ficar juntos. AAAAAH foi um SONHO' 
Ap: Muito obrigada, agora arevelação... ~THAN THAN RARAM (músiquinha)~
NELENA *---* (Selena ON: OQUE?!) SELENA GOMEZ E NICK JONAS FORAM PEGOS PELAS FÃS AOS BEIJOS NO CINEMA. Muito obrigada pelo audiencia. Tchau.
~Desliguei a tv

OMG agora todos sabem que eu e Nick estamos tendo um caso. AAAA' oque eu faço? Cade minha melhor amiga nessas horas? Deitada ao seu lado dã. Mas quero ela com a 'memória' voltada, tenho tanta coisa para dizer-lha. Tentei dormir, mas sem sucesso, até que começou a trovejar, a me encolhi com meu edredon, e consegui dormir. 
Acordei com alguém me sacudindo. Certeza era a Demi. 

Sel: Que foi Demizinha 
Demi: To com medo. 
Sel: Calma é só uma chuva. 
Demi: Vou tentar dormi. 

E assim, ela dormiu. Deitei tentando dormir. E consegui \o/
Acordei de novo, com alguém me sacudindo. 

XxX: Vamos ao parque? -Porque todo dia de manhã vem um infeliz me acordar? Que saco, poxa!
Sel: Não, quero dormir
XxX: Ah, vamos ao parque vai. 
Sel: Não, Demizinha, vai com o Nick e com o Joe. 
XxX: Não é a Demizinha. 

Chap. 37
Como assim não era a Demi. Dei um pulo na minha cama, e lá estava ele rindo de mim 

Sel: Isso, ri mais, seu chato. 
XxX: Fala que não foi legal?
Sel: Não foi!
XxX: Era único modo de te acordar. 
Sel: Não tinha um jeito mais delicado não?
XxX: Quer que eu chamo o Nick?
Sel: Não precisa já acordei, né?
XxX: Mas, vamos ao parque?
Sel: Não dá Frank, hoje eu preciso ir gravar 
Frank: Sabe que horas são?
Sel: Não.
Frank: 11:45
Sel: OQUE?

Levantei da cama correndo. Tinha que estar na gravadora as 12:30. Tomei um banho rápido. 

~2 semanas depois~

A Demi ainda não recuperou a memória, e isso tá preocupando. Falta 3 semanas pra nós ir em turne. Estava gravando outro album. Estava um tempo feio lá fora. AAAH, falta um semana pra mim e o Nick fazer 1 mes de namoro, está PERFEITO nosso namoro, ele sempre vem me acordar com beijos e selinhos. Ah, é perfeito. Denise já quer que eu e ele nós casemos, mas sempre falamos que é muito cedo, mas é MUITO cedo mesmo. Joe já terminou o 'namoro' com a Chlesea, ainda bem, ela sempre vai na casa deles, pra pedir outra chance, mas como Joe não é bobo, fala que não, né! Taylor sempre vai visitar Demi, ainda desconfiou dela, mas acho que ela não seria tão cara de pau em ir lá depois de empurrar a Demi. Agora desconfio da Chlesea, só pode ser ela. Demi quer ir sempre em shopping, e sempre quer uma barbie nova, já tem 10 barbies em casa, depois que ela recuperar a 'memória' ela vai pagar tudo à mim de volta. Tia Dianna vai as vezes na casa pra ver a Demi. Mad amou ver a Demi daquele jeito, falou que ela brinca mais com ela assim, e que ela virou sua melhor amiga. Fui substituida ~mimi~. Dallas acha hilário a Dem daquele jeito, sempre ri dela. 
To gravando uma música nova, chama 'Live like there's no tomorrow' (eu sei que não é mt nova, mas figem, ok?), é linda essa música. Terminei de gravar, e voltei pra casa dos Jonas, hoje como sempre ia dormir lá. Lá já era minha casa, minha mãe morava em Dallas, na mesma da mãe da Dem, ela não queria vir pra ca, então Denise me deu abrigo. Então, eu moro lá. 
Cheguei lá, Frank estava no sofá assistindo Bob Esponja com Kev, ele ainda assiste isso? Tá, falei um 'oi', eles me responderam vidrados na tv, nunca vi um homem gostar tanto de Bob Esponja como Kev. Subi ao meu quarto, tomei um banho, coloquei uma roupa simples, e deitei na cama. Fiquei pensativa, até ver alguém na porta. 

XxX: Posso dormir com você?
Sel: Pode sim Demizinha, vem 

Ela caminhou até minha cama, e deitou comigo. 

Demi: Tá um tempo feio lá fora. 
Sel: Eu sei. 
Demi: Vamos comer alguma coisa, to com fome
Sel: Vamos, também estou. 

Descemos e fomos na cozinha, comemos cereal. Era noite já. As vezes não tem jantar lá na casa, na terça, quinta e sabado, não tem. É pra mater a forma e comer frutas, mas nem todos comem frutas, exemplo: Eu e a Demi, sempre comemos cereal. Terminamos de comer, e voltamos ao meu quarto. Deitei e dormi. 

Demi ON#

Acordei de madrugada pensando que tudo não se passava de um sonho. No fim do sonho, Nick chamou a Sel pra dormir com ela, e como ela não é boba, foi; me lembro que eles estavam namorando. Lembro que fui até o quarto do Joe porque eu estava com medo da chuva, desde quando tenho medo de chuva, me diz? Tá, desde sempre :S. Também lembro que eu fui ao hospital, porque tinha batido a cabeça. Ai, dói só de me lembrar. Eu achava que tinha 6 anos, e era humilhante, ainda bem que não se passou de um sonho. 
Me sentei na cama e comecei a observar meu quarto, estava diferente. Espera, eu não tenho uma mesinha pra por meu note. Calma Demetria, pode ser outro sonho, calme. Mas espera, alguém pos a mão no meu ombro. OMG quem é. AAAAAAAAA

Demi: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA'
XxX: Pare de gritar, pessoa!

Chap. 38
Demi: UM MONSTRO! UM MONSTRO!
XxX: Que monstro o que, Demizinha. Psiiiu, fique quieta, se não vai acordar alguém. 
Demi: Como você quer que eu fique quieta, se eu to num lugar desconhecido, não vejo quase nada nesse escuro, e com uma pessoa deitada ao meu lado?
XxX: Pera, vou acender o abajur. -a pessoa acendeu o abajur- Melhor? -era Joe. 
Demi: Joe?
Joe: Que foi Demizinha?
Demi: Demizinha? EU ODEIO que me chamem assim. 
Joe: Mas, foi você que pediu pra nos chamarmos você assim. 
Demi: Nossa, está até parecendo o meu sonho doido. Acredita que eu pensava que tinha 6 anos... foi hilário, fico imaginando as pessoas me olhando se eu tivesse mesmo vivido isso, eles iriam rir da minha cara. -ele melhou tipo 'isso mesmo aconteceu'- OMG vai dizer que isso mesmo aconteceu?
Joe: Bom... ér... ãnh... 
Demi: Pare de enrolar, Joseph!
Joe: Aconteceu sim. 
Demi: E eu falei tudo que eu pensei que falei no meu sonho que no qual aconteceu mesmo?
Joe: Aham... 
Demi: Ah, que vergonha -peguei um travesseiro e afundei a minha cabeça. 
Joe: Calma Dem... 
Demi: Ah, como calma? Passei as duas semanas piores, pensando que tinha 6 anos?! 6 ANOS!! Meu Deus, agora nem posso ir ao shopping, eles vão pensar que sou um bebe chorão, que ainda gosto de barbie, que ainda ouço Xuxa, fala sério. Ainda depois, a Sel vai fazer eu pagar cada centavo à ela, e... -interrompida por Joe. 
Joe: Dem, você nunca ligou para que os outros dizem, pensam, ou deixam de dizer e pensar. As vezes um pouco,mas você não liga muito. Só ignore eles.
Demi: Tá, você tá certo. Mas, vou ficar falada de bebe. Porque ninguém falou que eu pensava que tinha 6 anos?
Joe: Isso é com a Selena 
Demi: Tá... Agora vou dormir. Boa noite -levantei da cama, mas ele segurou meu braço. 
Joe: Dorme comigo?
Demi: Joe... -interrompida por ele. 
Joe: Como nos velhos tempos?
Demi: Tá... -deitei ao seu lado. 

Tentei dormir, mas não conseguia, isso era absurdo. Eu sou apaixonada por ele, queria beija-lo, e tudo, mas ele é meu melhor amigo, não posso arriscar minha amizade. Acabei adormecendo. 
Acordei, e vi ele me olhando sorrindo. Ah, aquele sorriso me mata'

Joe: Dormiu bem?
Demi: Ahãm, e você?
Joe: Com você ao lado, melhor impossivel -sorri envergonhada, nunca tinha ficado envergonhada com ele, depois dos 'beijos', fiquei muito envergonhada com ele. 
Demi: Tá acordado à quanto tempo?
Joe: Hm... -ele olou no relógio que estava na mesinha- 30 minutos. 
Demi: 30 minutos me olhando dormindo? To horrivel. 
Joe: Tá nada, tá linda. 
Demi: Obrigada! -sorri envergonhada de novo. 
Joe: Tá muito envergonhada hein dona Demetria, mas fica linda também. 
Demi: Para Joe! -sorri de novo envergonhada. 
Joe: Vamos levantar?
Demi: Vamos. Tenho que ir ao meu quarto tomar um banho, e trocar essa roupa brega que ultimamente eu estou usando -ri, e ele também. 
Joe: Concordo que é brega, mas fica linda. 
Demi: Obrigada, e para de me elogiar, não sou tudo isso. 
Joe: Não, você é muito mais.
Demi: -sorri envergonhada- To falando sério, para de me elogiar, assim me acostumo. Agora, vou ir ao meu quarto. Tchau
Joe: Tchau -ele beijou no canto da minha boca, e saiu. 

Entrei no meu quarto, e sorri boba. Tomei um banho relaxente, um banho bom mesmo. Coloquei um vestido florido, lindo. Joe veio no meu quarto avisar que dona Denise vai fazer um almoço em comemoração que eu recuperei a memória. Já que era domingo, tio Paul vai fazer churrasco. Ah, amo o churrasco do tio Paul. Desci as escadas, e lá estavam todos na sala, menos Kev e tio Paul, provavelmente fazendo o churrasco. 

Sel: Demii -veio e me abraçou, e eu retribui- Ah, como é bom ter você de volta! 
Demi: Eu sei, é tão bom voltar a memória. -já separados do abraço
Sel: Não se esqueça de me pagar cada centavo que você me fez gastar com barbies, e cds da Xuxa. 
Demi: -sorri- Pode deixar 

Todos me abraçaram, enfim, foi um momento lindo. Fomos todos almoçar. Nossa, o churrasco estava um delícia. Terminamos de almoçar, tava ajudando tia De, quando Joe pediu a atenção de todos. 

Joe: Quando a conheci, -disse olhando fixamente em mim- meu mundo criou cor, era perfeito, mas eu era muito novo pra dizer que a amava, mas eu amava, lógico como amiga, mas não podia dizer se era mais que isso. Depois que ela foi embora, meu mundo voltou a ser preto e branco, só pensava nela. Nós quase nunca nos falavamos. Minhas músicas que escrevi foi pensando só nela. Depois que ela voltou pra cá, pensei que era por causa da fama, e tudo mais, mas não. Eu conhecia ela faz muito tempo, e sei que ela nunca iria se envolver com pessoas da mídia, se não fosse os amigos dela, que ela tanto ama. Pensei muitas vezes em me declarar, mas nunca consegui. Sempre estava namorando outras, mas pensando nela. Depois que ela caiu da escada e perdeu uma parte da memória, meu mundo desabou. E ver ela cainda no chão, sangrando, foi como uma facada em meu peito. Chorei e muito por ela, e a Sel sabe muito bem - ele sorriu-. A maior parte de mim pensa nela, quer ela. Eu a amo e muito. Eu pularia na frente de um trem por (Grenade - Bruno Mars) ela. Cada minuto, hora, que passa, fico mais apaixonado por ela, eu a amo mais. Ela é linda do jeito que é. Tem a voz maravilhosa. Tem um jeito carinhosa de ser. O sorriso dela é o mais lindo do mundo, um sorriso que transmite paz. E quando ela sorri envergonhada, fica mais linda do que já é. Todos as vezes que nos beijamos, está gravado em minha memória, e nunca irá sair. Senti por ela, o que nunca senti por ninguém. Simplesmente me apaixonei. Até já sorri sozinho, sorri bobo que nem o Nick diz. Eu te amo Demi. -ele veio até mim, pegou uma caixinha, que estava no bolso e abriu- Quer ser minha namorada?

Chap. 39
Eu estava chorando, mas não sabia o certo o que fazer. 

Demi: Joe, eu... eu... -suspirei- Me desculpe -sai de lá correndo. 

Entrei no meu quarto, deitei em minha cama e chorei. Não tive a coragem de dizer 'sim' ou 'não'. Sinceramente, já estava arrependida de ter digo 'não', em forma de desculpa. Agora, eu estava interitamente arrependida, eu podia estar agora, abraçada à ele, beijando-o, mas não, minha cabeça não deixa meu coração falar. Meu travesseiro estava sobre minha cabeça. Senti alguém com a mão em meu ombro. Sabia que era a Sel, simplesmente a abracei. 

Sel: Calma, chore o quanto for preciso. 
Demi: Sel, eu não acredito que falei não prá ele. 
Sel: Dem, está arrependida?
Demi: Você não tem noção.
Sel: Amiga, ele ficou triste, magoado quando você saiu, ele saiu de lá, e foi para fora de casa. 
Demi: Sel, você não tem noção do quanto eu queria voltar ao passado, e dizer que eu o amo, e queria ser à namorada dele. -chorei mais. 
Sel: Amiga, só me responde uma coisa.... Por que você não aceitou?
Demi: Eu.. eu não sei. Minha consciencia não deixou meu coração falar mais alto. Minha consciencia falava que eu ia perder minha amizade se eu aceitasse, mas acho que já o perdi mesmo não aceitando o pedido. 
Sel: Isso não é verdade, o Joe te ama, e ele vai estar ao seu lado, como amigo. 
Demi: Sel, ele não quer ser meu amigo, quer ser mais. E eu também, só que... eu não tive coragem de aceitar. Isso dói -chorei- porque agora, ele pode namorar outras, e eu sofrer... 
Sel: Não, se você está realmente arrependida, levanta dessa cama, lave esse rosto, e corre atras de quem você ama. 
Demi: Sel...
Sel: Sel nada, você vai fazer isso, se realmente está arrependida de não ter aceitado. -apenas sorri. 

Levantei da cama, fui ao banheiro e lavei meu rosto. Ouvi a Sel me desejar sorte, e sai do quarto, indo lá fora, onde todos estavam. Perguntei à eles se sabiam aonde Joe poderia estar, mas ninguém soube responder. Sai da casa e fui andando pela rua. Não sabia por onde começar, L.A era gigantesca pra uma garota correr em quase todos os lugares. Pensa Demetria, pensa... ISSO! A praia que ele foi nosso encontro. Sai correndo, até ver um táxi na frente, pedi pra ele parar, e ir à praia. Ele dirigiu até lá. No caminho, fiquei pensando em como fala à ele, que me arrependo e tals. Pensei vários, vários mesmos, mas decidi que quando o encontrar, eu ia ser eu mesma, sem ensaios. Ele parou aonde eu pedi, e o paguei. Andei pela praia, e nada dele. Corri pela praia. 
Até ver uma cena nada agradável. Vi Joe beijando a Chlesea. Não acredito, então era por isso que queria que eu o namorasse, pra me fazer sofrer mais do que já sofria? Eles pararam de se beijar, e Joe me viu. A face dele ficou triste, magoado, como Sel me disse, mas parecia que não estava triste, por estar com outra, já. Balancei minha cabeça negativamente, e corri, para o mais longe possivel. Ouvi ele me chamar, gritar, mas não dei a minima. Peguei outro primeiro táxi que vi, e pedi para me levar pra casa. Estava chorando, aquela imagem não saia da cabeça, e meu coração dóia. 
Logo cheguei na casa, paguei-o, e entrei. Meus olhos deviam estar vermelhados, e todo borrado de maquiagem. Sel que estava no sofá com Nick, veio correndo até mim, e veio com o típico 'o que aconteceu?', não respondi, e sai correndo até meu quarto. Entrei e afundei minha cabeça no travesseiro e chorei igual antes. Perguntas invadiam minha mente: "Como ele pode fazer isso comigo?" "Ele queria me namorar, e me trair já no começo do namoro?" "Ele não me ama, como eu o amo?!" Ele acha que sou boba, idiota? Senti uma mão em meu ombro, novamente. Era Sel, eu a abracei, e chorei de novo. 

Sel: O que aconteceu amiga?
Demi: De-depois, e-eu te fa-a-lo. 
Sel: Calma -acariciava me cabelo. 

Fui me acalmando aos poucos. Até ouvi um barulho de carro sendo estacionado na garagem. Era Joe, só pode. Só de me lembrar, comecei à chorar. 

Demi: Sel, tranca a porta. 
Sel: Por que?
Demi: Só faz o que estou pedindo, por favor! -Sel se levantou da cama, e trancou a porta, voltou e se sentou na cama novamente.
Sel: Agora me explica. 
Demi:Tá... -interrompida por batidas na porta. 
XxX: Demi, abra essa porta. -voltei a chorar- Abre! -batia na porta. 
Sel: Demi, abre a porta pra ele. Não sei o que aconteceu, mas é melhor falar com ele. 
Demi: Eu, não, sei -falava pausando. 
Sel: Demi, é melhor. Conheço bem o Joe, ele não vai sair dai se não falar com você. 
Demi: É... você está certa. 
Sel: Vou abrir a porta, e deixar vocês conversarem, ok? -apenas assenti.

Ela foi até a porta e abriu, Joe entrou correndo. Sel saiu do quarto, fechando a porta. Joe olhou para mim. Eu estava chorando pelo que havia acontecido. 

Joe: Posso falar? -assenti.

Chap. 40
Joe: Demi, eu posso explicar... 
Demi: Joe, eu não sou nada sua, além de melhor amiga. -aquilo doeu dizer, mas era a verdade. Joe estava com a face triste e magoado. 
Joe: Eu... eu sei, mas... mas quero falar do mesmo jeito
Demi: Tá... 
Joe: Olha, quando sai daqui, eu precisava refletir, e fui na praia. Quando cheguei lá, sentei na areia, e logo a Chlesea chegou, pedi pra ela me deixar sozinha, mas ela não queria. Depois ela me beijou. Eu não correspondi, eu juro. Ai eu te vi, e você saiu correndo. E eu sabia que você estava aqui e vim pra poder esclarecer tudo.
Demi: Joe, olha, eu vi você beijando a Chlesea, parecia que você estava correspondendo. 
Joe: Demi, eu te juro, não correspondi. Só ela que ficava virando a cara toda hora pra pensar que estava beijando, mais eu não a beijei. Isso foi simplesmente nojento. -ri dele
Demi: Tudo bem, eu acredito em você -sorri
Joe: Agora, o que você foi fazer na praia aquela hora?
Demi: Bom... ér... 
Joe: Fale a verdade Demi. 
Demi: Tá... -suspirei- Eu fui atras de você... -interrompido por ele
Joe: Atras de mim?
Demi: Não me interrompa. Tá, continuando... Fui atras de você porque eu me arrependi por não ter aceitado o pedido de namoro. 
Joe: Isso é sério?
Demi: Eu falei pra não me interromper! Continuando... Eu me arrependi, e muito por não ter aceitado. Mas, acho que agora eu não quero sofrer. Porque, quando fui atras de você, já estava beijando outra. 
Joe: Eu não a beijei!
Demi: Caramba, eu disse pra não me interromper. Continuando, de novo... Eu acho que falta confiança pra mim, por que depois do que aconteceu hoje, não tenho mais muita confiança em você, como tinha à uns 30 minutos atras. Me desculpe mesmo, Joe! 
Joe: Demi, quem deve pedir desculpas sou eu. Eu não devia ter deixado ela me beijar. Se tivesse empurrado-a, a gente poderia estar abraçados e namorando agora. 
Demi: Não se desculpem, tá legal?
Joe: Como não. Agora nós podiamos estar namorando. 
Demi: Se eu tivesse aceitado...
Joe: Que você ia acertar depois. 
Demi: Vamos esquecer isso?
Joe: Acho melhor, mas... só queria que nós estivesse namorando agora. -sorri pra ele. 
Demi: Eu também. -falei baixinho, mas acho que ele ouviu
Joe: -sorriu- Então, por que não namoramos?
Demi: Joe, eu preciso voltar a minha antiga confiança que sentia por você. 
Joe: Tudo bem. Amigos?
Demi: -sorri- Sempre

Ele me abraçou, e se deitou ao meu lado. Eu estava deitado em seu peito, e ele acariciava minha costa. Dormi rápido. 
Acordei com beijos em minha bochecha. Vi Joe, ele ainda beijava minha bochecha e acariciava meu cabelo. 

Joe: Dormiu bem?
Demi: Com você, muito bem -sorri- e você?
Joe: Hiper, mega, ultra bem. Você está ao meu lado, sempre durmo bem -sorri e ele retribuiu. 

Levantamos, tomamos banho, cada um em sua banheira. Estava terminando de trocar de roupa, quando uma pessoa me ligou. Vi no visor 'Smiley'. AAAH que saudade dessa garota, meu! Atendi na hora. 

~Ligação#
Demi: SMILEEY *---*
Mi: DEEEM'S 
Demi: Tudo bem?
Mi: Hiper bem, e você, já recuperou a memória, né?
Demi: Ahãm. Quando acordei pensei que era só um sonho. 
Mi: Eu sei, a Sel falou pra mim 
Demi: Fiquei imaginando agora com a memória recuperada, paguei um mico, quero só ver quando for ao shopping outra vez -ri e ela também. 
Mi: Fica assim não. 
Demi: É... E você e o Liam, hein?
Mi: Muito bem. Ele é romantico, fofo, lindo, e ah.. aqueles olhos me impnotizam. 
Demi: Tá, entendi. 
Mi: Enfim, ele é muito perfeito 
Demi: Tá, isso tá ficando enjoativo. 
Mi: Lógico que não, quero só ver se fosse você falando do Joe... 
Demi: Joe é só meu amigo, Mi. 
Mi: Aham, sei... 
Demi: É sério. 
Mi: Fiquei sabendo que ele te pediu em namoro, e você não aceitou com medo de perder a amizade. 
Demi: Quem te falou isso?
Mi: Tenho minhas fontes. E isso é verdade? Menina, você devia ter aceitado, ele te ama tanto, que -suspirou- não tem como explicar. 
Demi: Obrigada, joga na cara. E essa sua fonte seria Selena Marie Gomez?
Mi: Uau, você é boa em adivinhar -ri dela.
Demi: Tá. E eu me arrependo de não ter aceitado, tá legal?
Mi: Verdade?
Demi: Pura verdade. 
Mi: Tá, agora tenho que desligar, o Liam tá me chamando. 
Demi: Ah, mas o Liam sempre nos interrompe, quando eu conhece-lo acho que vou pular no pescoço dele e vou acabar com ele, se não deixar a gente conversar mais. 
Mi: -riu- Mas, é sério. Sempre que há tempo, eu ligo pra você, e nesse tempo, é o tempo que temos pra ficar juntos.
Demi: Tá, né? Boa sorte em seu namoro! 
Mi: Igualmente pra você e pro Joe 
Demi: MILEY!
Mi: Que é ?
Demi: Tchau. 
Mi: Tchau, beijos amiga. 
Demi: Beijos. 
~FimDaLigação#

Ah, essa Miley, só ela mesmo. Tá, agora vamos descer as escadas, e ir à sala \o/. Deixei meu celular na cama, e abri a porta, quando ia fechar, o bendito do celular toca novamente. Quem será? Será o dia de atender os telefones hoje? Caminhei até a cama e vi na tela 'Tay'. AAAAH A TAY *--*. Minha nova amiga. Atendi na hora. 

~Ligação#
Demi: TAAAY 
Tay: Oi Demizinha 
Demi: Ah não. Demizinha não. 
Tay: Ué, é como você quer que nos te chamamos, esqueceu?
Demi: Minha filha, já recuperei a bendita da memória. 
Tay: Já?!
Demi: Aham... 
Tay: Ufa, agora você pode falar pra Sel que não foi eu que te empurrou, e fico feliz que já tenha voltado, amiga. Agora podemos ir ao shopping e ... 
Demi: Nada de shopping por um tempo. 
Tay: Por causa dos micos? 
Demi: É... -disse entre dentes. 
Tay: Calma Demi, não fica brava. 
Demi: Não to brava!
Tay: Não?
Demi: Tá, to muito brava. Brava não, to me sentindo humilhada, envergonhada só de aparecer no shopping. 
Tay: Olha, se você não for aparecer por um tempo eles nem vão reparar que era você. 
Demi: Será?
Tay: Lógico. 
Demi: Tá.. voltando, a Sel te acusava de me empurrar na escada?
Tay: É... 
Demi: Ah, eu sei que não foi você, eu não me lembro direito quem era. 
Tay: Espere um tempo, Dem, é muita informação pra você, né?
Demi: Talvez... 
Tay: Bom, vou indo, ok? Tenho que terminar de gravar. 
Demi: Já ta gravando as músicas?
Tay: Sim, e todos gostaram, e vou por créditos à você, tá?
Demi: Não precisa Tay. 
Tay: Precisa sim, agora... beijos amiga, se cuida. 
Demi: Beijos, e se cuida também. Tchau. 
~FimDaLigação#

Ah, tava feliz, Tay minha amiga, ia por créditos à mim pelas músicas, sendo que ela que escreveu a maioria, e eu só retocava, ou mudava alguma coisa. Sai do quarto, e encontrei Joe saindo de seu quarto também. 

Joe: Oi Dem 
Demi: Oi Joe
Joe: -ele olhou para a sala- Vamos assustar eles? -Disse apontando pra Sel e Nick que se beijava no sofá.
Demi: Ah, tadinhos deles, Joe!
Joe: Vai, vamos assusta-los?
Demi: Tá, vamos!

Descemos as escadas lerdamente e silenciosamente. Lá estavam os dois se beijando, no sofá, fala sério, os dois juntos são lindos, né? Pulei entre eles.

Nelena: AAAAH' -eu e Joe ria.
Sel: Isso não tem graça Demetria. 
Demi: Como não? -eu ria mais- É tão bom ter vocês dois namorando
Sel: Só falta ela e o Joe, né Nick?
Nick: É sim! 
Demi: Vamos ignorar, eles são uns idiotas. -disse puxando o Joe pro outro sofá. 
Sel: -se levantou- Vamos ignorar, eles são uns idiotas -imitando a Demi, e logo riu, ela e o Nick, fuzilei eles pelos olhos- Amiga, você sabe que te amamos, né?
Demi: -sorri ironica- Lógico! 
Sel: Somos seus amigos, Dem. Sem zuação não tem graça. 
Nick: Temos sempre que confiar um e no outro. 
Joe: Sempre amando um ao outro. -disse olhando fixamente à mim 
Demi: E sempre estando ao lado um e do outro. 
Nick: Joe, me desculpe cara, mas o que você disse, ficou meio 'gay'. 
Sel: Concordo com o Nick -disse rindo. 
Demi: Ah, deixa meu amigo em paz, ouviu? -disse abraçando Joe
Sel: Uuuh, defendendo o Joe, hein Demi?
Demi: Lógico, ele é meu melhor amigo. Defenderia ele sempre, como defenderia vocês também, se precisasse -sorri. 
Sel: Somo, e sempre seremos, 
Todos: Melhores Amigos Pra Sempre
Sel: No meu caso com Nick: Namorados Pra Sempre
Demi: Não era melhor Marido e Mulher Pra Sempre?
Joe: Concordo com a Demi. 
Sel: Tá, talvez. 
Demi: Te AMO MEUS MELHORES -disse abraçando todos.